No post anterior, nós conversamos um pouco sobre a nudez e auto-aceitação do seu corpo, como nós deveríamos ter o poder sobre ele, e nem sempre temos. Você pode ler tudo e ver umas fotos minhas super sensuais (haha), clicando aqui.
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Agora vamos ao post, afinal, abrimos esse site para isso, não é mesmo?
Um dos últimos posts, eu falei sobre vestidos midi e dei como uma opção para usar com ele, o tênis, você pode ler as outras opções clicando aqui. Pois bem, nesse outro post aqui, eu comentei que não uso muito sandálias, uso mais botas e tênis e é sobre isso que vamos falar hoje.
Há algum tempo, eu falei já sobre o coturno, que é o tipo de bota que mais uso, como uma das 10 dicas para ser pirigótica, que você pode ler completo clicando aqui e aqui, eu falei sobre toda a história por trás desse calçado.
Hoje, falaremos sobre o tênis. E melhor ainda: sobre vestidos e tênis.
O vestido é uma peça extremamente feminina, que traz um ar romântico pra qualquer look. E é uma peça ótima, porque você não precisa pensar muito no look.
Eu mesma, sou super adepta a vestidos e adoro, até porque, eu não gosto de calça jeans. E é ótimo quebrar a delicadeza do vestido com um tênis, assim, não fica um look extremamente arrumado, fica mais casual, mais despojado.
O bom de usar tênis é que o vestido não é uma peça super confortável, porque precisamos tomar certos cuidados ao sentar, por exemplo, e o tênis traz esse conforto.
É ótimo para qualquer ocasião, principalmente para dates, que você está feminina, está bonita, está estilosa e confortável.
O único cuidado que devemos ter, é o modelo do tênis, evitar tênis de academia, porque fica completamente nada a ver com a delicadeza do vestido, uma vez que é uma peça grosseira. Mas de resto, aposte nos tênis! Os principais modelos que indico são All Star e Vans, que vão dar um ar super estiloso e jovial ao seu look!
É bastante engraçado como que nossa feminilidade se dá através de objetos específicos que nos fazem nos sentir mais mulher. E um clássico é o famoso salto alto. Nos faz nos sentir mais sexy, mais seguras, mais femininas, mais mulheres.
O salto alto surgiu no Egito antigo, onde classes mais altas usavam sapatos, enquanto os pobres andavam descalços. Os sapatos dessa classe imitavam o ankh, que representa a vida. Os açougueiros egipicios também usavam salto para andar sobre o sangue dos animais mortos.
Já na Grécia e Roma antiga, usava-se sandálias plataformas chamadas kothorni, que eram sapatos de sola de madeira alta, usados principalmente por atores. Alturas diferentes para indicar diferentes status social ou a importância das personagens. Na Roma antiga também era usado para identificar as prostitutas.
No Oriente Médio, os cavaleiros usavam salto para facilitar a cavalgar, já que ajudaram a segurar o pé do ciclista em estribos, como cita Elizabeth Semmehack, curador do Museu Bata Shoe, que conta que esse tipo de sapato foi retratado em uma de cerâmica do século IX da Pérsia.
Na Idade Média, homens e mulheres usavam o patten, que era um salto de madeira que os auxiliava a andar nas ruas sem se sujar de lama ou detritos da rua. Já no século XV, o chapim, um tipo de sapatos de plataforma, foi criado na Turquia, e era bastante similar ao patten, porém, era usado apenas por mulheres e poderiam ter até 30 cm de altura! As mulheres precisavam usar bengalas ou servos para ajudá-las.
Em Veneza, o chopim era um símbolo de alto status social e de riqueza para mulheres, e os turistas de Veneza comentavam como eram escandalosamente altos. A ideia que os chopines eram “inventadas por maridos que esperavam o movimento complicado que implica faria ligações ilícitas difícil”. Aqui podemos notar a questão de submissão.
Na China, concubinas chinesas usavam saltos, levando estudiosos a especularem se os sapatos não eram por estética e sim uma forma de impedir que as mulheres fugissem dos haréns.
Em 1533, os homens voltaram a usar sapatos de salto, e então, a esposa do rei Henrique II, rei da França, encomendou sapatos de salto alto para ficar mais segura ao lado do futuro marido. O artesão, chamado Constantine Coccinelle foi quem produziu o primeiro sapato de salto alto feminino, com bastante desenvolvimento, se chegou a como conhecemos na atualidade. Nessa época, o salto era vermelho, chamado de talon rouge, e o resto do sapato poderia ser de outra cor. A cor vermelha representava dinheiro e poder e atualmente, o salto vermelho é usado por Christian Louboutin em suas criações.
Em 1791, os saltos desapareceram afim de ter igualdade de classes sociais, já que no começo daquele mesmo século, o rei Luis XIV adotou o salto em suas vestimentas e decretou que apenas a nobreza poderia usar. Em 1800, a moda voltou, com mais variedades de modelos.
No período pós-guerra, de 1950, coma revitalização da moda, Christian Dior e o designer Roger Vivier desenvolvem o salto alto feminino criado por Constantine Coccinelle apresentando o salto agulha (ou estilete/“stiletto”), que parecia uma lâmina composta por uma estrutura de ferro. Esse salto foi proibido em alguns prédios públicos por danificar o chão.
A sensualidade que o salto alto representa chegou na atualidade, sendo um fetiche masculino.
Quando eu era mais nova, eu adorava a ideia de que eu usaria salto alto, porque para mim, salto alto significava que eu já era uma mulher e eu seria desejada. E até cheguei a ganhar alguns, mas com a insegurança adolescente, eu tinha dificuldades em usá-los.
Quando eu tinha 13 anos, eu sofri uma queda e machuquei o meu tornozelo, rompendo o ligamento do mesmo, fiquei com o pé imobilizado por algum tempo e depois disso, sempre que usei salto, eu senti bastante dor no tornozelo, então, é algo que eu evito usar.
Eu tenho, atualmente, dois sapatos de salto. Mas raramente vai me ver usando. Porque eu tenho 1,70 de altura e me sinto extremamente desconfortável e chamativa de salto.
Eu fico bastante chocada de mulheres que usam para trabalhar o dia todo. E apesar de sim, concordar que traz uma certa sensualidade a mulher, discordo que seja necessário o seu uso, uma vez que o uso continuo causa prejuízos à saúde. Durante o uso desse calçado, as pressões ficam concentradas em uma área muito pequena, que é a parte dianteira (região dos metatarsos) do pé. Por conta disso, alguns pontos do corpo ficam sobrecarregados, o que provoca desconfortos nos dedos e dores.
Além disso, um outro perigo é o encurtamento do músculo e tendões posteriores da perna. Por isso algumas mulheres que usam tanto salto, se sentem desconfortáveis ao usar sapatos baixos.
Se você já tem problemas de coluna, o uso do salto alto pode prejudicar mais sua coluna, porque a biodinâmica da lombar fica completamente alterada durante o uso.
Caso você precise usar o salto alto, por exigência do trabalho ou por gosto, trago algumas indicações que eu achei sobre:
Se for necessário utilizar salto alto em determinada ocasião, é primordial intercalar o uso do salto com calçados de solados mais baixos sempre que puder;
Realize alongamentos periódicos na região das panturrilhas, coxas, lombar e nas solas dos pés. Essa prática diminui a tensão que a musculatura e os tendões sofrem;
Evite permanecer de pé por longos períodos quando estiver com esse tipo de calçado;Opte por sapatos com saltos mais “amigáveis”, como modelos com saltos e bicos mais grossos, que oferecem mais sustentação e equilíbrio ao corpo;
Para o uso diário, recomenda-se o uso de calçados com, no máximo, 4 cm.